segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Acidente com porcas no Rodoanel gera comoção e união de muitas mãos!




Acidente com porcas no Rodoanel 
gera comoção e união de muitas mãos!

Por Dizy Ayala
31 de agosto de 2015

Teria sido um dia como outro qualquer, não tivesse tombado uma carreta de carga viva em um dos trechos mais movimentados do país, o Rodoanel em Osasco, São Paulo.

O que seria mais um acidente de trânsito, a gerar um enorme congestionamento, assumiu outras proporções.

Com um primeiro olhar superficial e impreciso,  as primeiras decisões foram tomadas, pensando apenas em liberar o mais rápido possível a pista e restabelecer o trânsito.

Foi então que o incidente tomou proporções dramáticas!

Na tentativa de desvirar a carreta tombada, a força de tração não foi suficiente  voltou a tombar. Foi então que diante dos gritos de terror e dor, sua carga foi revelada. As emissoras que transmitiram as primeiras imagens nem de longe fizeram juz ao som ambiente, de desespero e terror. Assim como todo sangue derramado na pista foi ignorado, ocultado com lonas, pelas câmeras.

Com o tombamento foi possível revelar o conteúdo da carreta e o que seria mais um acidente de trânsito, a gerar um enorme congestionamento, assumiu outras proporções.

Tombando pela segunda vez muitos dos animais que já estavam feridos, foram esmagados e mutilados. Um verdadeiro desastre! A aflição só aumentava com o passar das horas e nenhuma medida efetiva foi adotada. Os corpos dos animais permaneciam empilhados entre vivos e mortos, presos nas ferragens.

À medida que as informações iam chegando, foram sendo compartilhadas na rede social, criando uma verdadeira corrente solidária: notas de sensibilidade com a dor dos animais, a organização de voluntários da causa animal que pudessem se deslocar ao local do acidente e a pressão por medidas cabíveis de parte dos órgãos competentes, como por exemplo, o envio de um caminhão para recolher os animais.

Toda movimentação foi transmitida por uma central de notícias via web, em tempo real, sob a coordenação do portal Vista-se, na pessoa de Fábio Chaves. Cada atualização ia sendo compartilhada por ativistas, protetores e simpatizantes da causa animal e com isso aumentava a repercussão do caso e a busca por soluções.


Foi então que teve início uma nova negociação: que os animais sobreviventes fossem encaminhados a um santuário.

É determinado por lei que animais acidentados não sigam para o frigorífico e sim para o abate para produção de ração. Mas o que interessava aos ativistas e protetores era resgatar todos os animais com vida para refugiá-los.

A tarde avançava e após 14 horas transcorridas desde o momento do acidente, ocorrido na madrugada,  foram necessários três caminhões para recolher e separar animais mortos daqueles que mesmo gravemente feridos ainda resistiam.

Fundamental o trabalho dos voluntários que sempre que tiveram a oportunidade ofertaram água aos animais sedentos e extremamente exaustos e estressados.

Foi só à noite, depois de ampla negociação, sob a representação da Dra. Sandra Limande Lopes (OAB/SP)  que o frigorífico aceitou o acordo de transporte dos animais vivos para o santuário em São Roque.

Foi uma vitória para a causa animal! A exemplo do resgate dos Beagles no Instituto Royal, agora foram os porcos do Rodoanel! Muita alegria e euforia tomou os corações e as páginas de todos envolvidos presencial ou virtualmente.


Porém, havia um desafio muito grande ainda por enfrentar: tratar o mais breve e eficiente possível dos ferimentos dos animais. Para isso foi preciso mobilizar uma equipe de veterinários e voluntários para fazer o que estivesse ao alcance. Nesse sentido a atuação da FAOs foi fundamental, pelo fato de já terem essa rede de parceiros organizada. Quanto ao voluntariado há tantos anônimos que não temos como referenciar, mas ainda assim temos como reverenciar. Foram muitas mãos solícitas e de outra parte muita torcida e colaborações em dinheiro para que as ações tivesssem êxito.

Destaque para mais uma participação no resgate de animais vitimados por acidente de trânsito por parte do Rancho dos Gnomos, à Asseama, no amparo dos animais e ao Santuário dos Bichos na acolhida das porquinhas para sua nova vida,  como seu novo lar. 
Foi feito um verdadeiro trabalho de campanha ao longo de toda a noite, para aliviar e tratar os ferimentos, muitos deles bastante graves.

Ao amanhecer do dia seguinte, à medida que chegavam muitas doações, da parte de várias ONGs, quer fossem alimentos, medicamentos, colaborações, também foram constatadas as perdas.
Além dos ferimentos gerados pelo acidente com a carreta, muitas das porcas, sim eram todas fêmeas, já estavam vitimadas por doenças advindas da exploração no cativeiro. Como porcas reprodutoras que são mantidas uma vida inteira numa cela para procriar, elas acabam por desenvolver câncer, tumores, doenças cardíacas e de articulação.

Alguma coincidência com as doenças advindas do consumo de carne?
O homem está a adoecer os animais para depois alimentar-se de seus corpos, toda dor e doença infligidos a eles.

Os números oficiais:
Animais na carreta que se acidentou: 110
Morreram no local do acidente: 21
Animais resgatados (no acidente e no frigorífico): 89
Não resistiram aos ferimentos após o resgate: 25
Vivos, adotados: 9*
Vivos, no santuário: 55

* Nove animais que inspiram mais cuidados foram adotados por uma veterinária vegana que ficou comovida com a situação deles enquanto fazia o tratamento no santuário.

Fonte Vista-se

As porquinhas que melhor se restabeleceram tiveram a oportunidade de pela primeira vez experimentar a liberdade.

No dia seguinte nova negociação para recuperar ainda 22 animais do tombamento que haviam sido recolhidos pelo frigorífico. Os que faltavam para completar o número de 110 iniciais do total da carga inicial.

O tempo de espera para liberação destes últimos animais oportunizou aos ativistas, protetores e voluntários presenciarem o entra e sai de outros caminhos lotados de vidas.
A frustração por não poder libertar a todos trouxe sentimentos intensos e contraditórios. Comemorar a primeira vez se pode salvar um número expressivo de uma só vez destes animais diante dos holofotes e a dor de um sistema industrial que ceifa vidas sem cessar.

Nesse sentido é que houve mais uma vez o clamor na rede que procurava sensibilizar o maior número de pessoas, no entendimento de que é pela escolha diária de cada um de nós que podemos retirar a violência do prato, deixando de consumir produtos de origem animal.
Que a atitude compassiva, não é meramente movida por sentimentalismo, ela é consistente e coerente.

É uma atitude consciente e comprometida com a igualdade nos direitos humanos bem como nos direitos animais, que se importa com a saúde de ambos, com um modo de produção que respeita o meio ambiente e que trabalha em cooperação e não exploração e que por fim nos trás um sentido de humanidade mais amplo e espiritualizado.


Gratidão! Diante de toda avalanche de emoções desde a notícia do acidente no Rodoanel com a carreta das porcas, a desastrosa atuação dos "técnicos", o emocionante empenho e resgate dos ativistas, a corrente do bem que se formou na rede pelo compartilhamento de informações, de quem transmitia e todos que compartilharam, a todos que se sensibilizaram e se propõe a rever seus hábitos. por um mundo mais compassivo e de paz, às curtidas nas publicações e na página, eu só tenho a agradecer a todos de Emoticon heart!





Para contribuir com o Santuário dos Bichos, lar das porquinhas resgatadas, acesse
https://www.vakinha.com.br/vaquinha/santuario-terra-dos-bichos

Publicações
Leia o depoimento emocionado de uma ativista sobre os porcos que não puderam ser resgatados
Na porta do inferno.




Repense seus hábitos e retire-se do ciclo da violência!
Toda carne vem de um animal que queria viver!


 























Leia também

Mini, Big, Pig e a Petificação Todos tem Direito à Vida, Animal não é Comida

http://acaopelosdireitosdosanimais.blogspot.com.br/2014/08/mini-big-pig-e-petificacao-todos-tem.html


Dizy Ayala
Ação pelos Direitos dos Animais 




Defensora e Ativista dos Direitos dos Animais,
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terça-feira, 18 de agosto de 2015

A Revolução do Couro Vegetal e as Grifes de Ponta




A Revolução do Couro Vegetal e as Grifes de Ponta

Por Dizy Ayala

É importante ressaltar que as expressões couro sintético, couro vegetal e couro ecológico, muito usadas no país, na verdade estão em desacordo com a legislação brasileira. No Brasil, existe a lei 4.888/65, que determina que apenas produtos feitos em pele animal podem receber a denominação “couro”. 
Por esses tecidos terem uma aparência e, às vezes textura, semelhantes ao couro, passaram a ser associados à palavra, porém com processos de produção mais sustentáveis. Pela legislação, se o couro não é legítimo, ou seja, feito de pele animal, não pode receber essa denominação.
O fato é que independentemente da denominação, alinhar sustentabilidade e moda se tornou um importante motor na indústria de tecelagem. 
A matéria-prima vegetal pode ser usada para roupas, sapatos, bolsas, uma vasta gama de acessórios de moda e estofamentos. Não só é mais rentável, mas também mais forte, como uma alternativa mais durável e sustentável ao couro animal.












O Látex é uma matéria-prima obtida da seiva da seringueira, na Amazônia.



Começou a ser produzido a partir de projetos sociais de sustentabilidade.





 Assim que é feita a coleta a partir do tronco das árvores, o látex é transformado em tecido. Na floresta, os seringueiros usam a defumação. Em um barracão fechado, acende-se a fornalha e a fumaça sobe, aquecendo o ambiente.


O látex é derramado sobre uma manta de algodão. A partir do calor, se fundem os dois materiais em um tecido emborrachado e a fumaça ajuda na coloração. Com auxílio técnico, foi possível eliminar o forte odor do tecido, característico da vulcanização da manta, com a defumação com coco de babaçu.
A produção foi ampliada, com apoio de entidades como o Sebrae, difundindo para além das comunidades, com distribuição para outros estados, como São Paulo.

É possível produzir pastas, bolsas e sapatos a partir desse material que se parece com o couro e possui ótima qualidade.















Exemplos de belos calçados artesanais produzidos na Amazônia que vem conquistando mercados internacionais!





A Ananas Anam Ltda, empresa criada pela designer de acessórios Carmen Hijosa, acaba de desenvolver o Piñatex, um material feito a partir das folhas do abacaxi, que pode substituir o couro na fabricação de sapatos, bolsas e até estofados.

Macio, leve, flexível, moldável e de fácil tingimento, o produto, que começou a ser desenvolvido nas Filipinas, já foi testado de acordo com as normas internacionais de ISO para ruptura, costura, resistência ao rasgo, resistência à tração, luz e solidez da cor e resistência à abrasão.


As fibras são extraídas das folhas, em comunidades agrícolas, por agricultores que ainda podem utilizar o subproduto desse processo como fertilizante orgânico.

 "Segundo a designer Carmen, o produto pode ser tingido, impresso e tratado, conferindo a ele diferentes texturas."




Toda a pesquisa e desenvolvimento desse material ecológico foi feito nos laboratórios da Royal College of Art, de Londres, em uma parceria com a Camper, Puma e o designer Ally Capellino, para lançar produtos utilizando o Piñatex.

Outro grande passo está sendo dado com Richard Wool, engenheiro de pesquisa nos Estados Unidos, que desenvolveu o que ele chamou de eco-couro artificial. O eco-couro é produzido a partir de fibras naturais tais como: algodão ou linho misturado com milho, soja e outros óleos vegetais. As fibras são montados em camadas múltiplas. O resultado é muito convincente e muito semelhante ao do couro dos animais.




A boa notícia é que o interesse nesse material aumenta exponencialmente e empresas como Nike, Puma e Adidas solicitaram amostras a fim de experimentar esta inovação verde, que irá fornecer produtos livres de matéria animal.
 
O produto ainda está em fase de testes. De qualquer forma, é certo que esta inovação é muito promissora para o futuro dos animais. 
 
Como Richard mesmo diz, "nós podemos projetar um couro de qualidade muito melhor do que o de um animal. É realmente uma situação ganha-ganha para os homens e para os animais".
 
Agora só cabe à criatividade dos designers desenvolver peças inovadoras com matéria-prima ecológica e sustentável, livre de sofrimento animal, e as empresas aderirem e fomentarem essa inovação no mercado!





Acre Latex Design Lab
O Látex que vem do Acre produz roupas, calçados e acessórios
que agradam mercado interno e estrangeiro








Dizy Ayala


Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
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domingo, 16 de agosto de 2015

CPI contra maus tratos aos animais é instalada na Câmara dos Deputados




CPI contra maus tratos aos animais 
é instalada na Câmara dos Deputados


Por Dizy Ayala
16 de agosto de 2015

A sessão inaugural da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre maus tratos a animais da Câmara dos Deputados definiu, na quinta-feira (06/8), os membros que discutirão, ao longo de quatro meses, o futuro de animais domésticos, exóticos e em situação de rua no país.

CPI elegeu presidente e vice-presidentes e contará com 14 deputados.

Presidente: Dep. Ricardo Izar (PSD/SP)
1º Vice-presidente: Dep. Laudivio Carvalho (PMDB/MG)
2º Vice-presidente: Dep. Jozi Rocha (PTB/AP)
3º Vice-presidente: Dep. Tereza Cristina (PSB/MS) 



E como relator: Dep. Ricardo Tripoli (PSDB/SP).

Questões como o tráfico de animais silvestres, aumento da população de animais de rua e temas polêmicos, como a utilização de animais em vaquejadas e rodeios, bem como o uso de animais em  testes de laboratórios, também farão parte da pauta dos deputados em Brasília até novembro.

O presidente da CPI, Dep. Ricardo Izar (PSD-SP), que empenhou-se em reunir deputados para instalação da Comissão, desde 2011, declara:


"Fico feliz pelo fato de a Câmara estar olhando de verdade para aqueles que não têm voz. O direito dos animais não é discutido no Brasil, já que as políticas públicas são inexistentes; castração, controle a zoonoses, tráfico de animais silvestres e a tipificação do código civil, que ainda trata o animal como coisa e não como sujeito de direito", observa Izar.

De acordo com o relator da CPI, Ricardo Trípoli (PSDB-SP), entre os crimes de tráfico, os que envolvem animais silvestres ocupam o terceiro lugar, perdendo apenas para o de armas e entorpecentes.


"Há aqueles que acham temas relacionados a animais de menor importância. Eu discordo. Uma vez, conversando com uma senhora, perguntei a ela por que tanto apego ao seu cachorrinho. Ela me respondeu que, depois de ter sido abandonada pelos filhos, ele era a única pessoa em sua companhia. Ela disse pessoa, e não cão ou animal", enfatizou o deputado.

Chico Lopes (PCdoB-CE) trouxe um problema social que afeta o Norte e Nordeste brasileiro, o abandono de animais de grande porte em substituição a veículos motorizados, como as motos. 

Ele condenou também a exportação de jegues para a China com fins alimentícios. "Conseguimos conscientizar o nosso governo e hoje não há mais essa prática, mas sabemos que ainda há muito a se fazer, a exemplo da fiscalização nos pets shops, um segmento que cresceu bastante e carece de uma maior atenção", alerta.

Já o deputado Fernando Jordão (PMDB-RJ) lembrou que 450 milhões de animais morrem todos os anos nas estradas brasileiras por falta de passagem adequada.


O Capitão Augusto (PR-SP) prometeu contribuir para o endurecimento das penas - segundo ele brandas - previstas na Lei 90605/98, de maus tratos contra animais.

Representando a proteção animal da Bahia, esteve presente à sessão a vereadora por Salvador, Ana Rita Tavares (PEN), que foi citada pelo presidente da CPI e convidada a participar da Comissão.



Temas que envolvam Centros de Controle de Zoonoses, bem como o uso da Carrocinha, serão encaminhados à CPI, garante Ana Rita.


CPI DOS ANIMAIS

CPI contra maus-tratos a animais deverá trazer marco regulatório.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que vai investigar casos de maus-tratos a animais, deu início aos trabalhos, nesta quinta-feira (13). O colegiado terá um prazo regimental de 120 dias para apresentação do relatório. O presidente da comissão, deputado Ricardo Izar (SP), anunciou as indicações de membros titulares e os parlamentares aprovaram a realização de quatro audiências públicas.


Izar afirmou acreditar que, além de buscar ações propositivas, a CPI também deverá trazer um marco regulatório sobre assunto. Segundo ele, a semana foi positiva para a causa. “Foi histórica. Conseguimos o compromisso do presidente da Câmara para a votação, ainda neste semestre, de dois projetos importantes, entre eles, o que proíbe a eliminação de animais sadios, de minha autoria.”





Com histórico de luta em defesa da causa e presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos dos Animais, Izar também destacou, como mais uma conquista, a transferência do leão Dengo do Zoológico de Brasília para o Rancho dos Gnomos, em São Paulo.

E nesta semana começarão as investigações, o primeiro caso a ser investigado é a chacina de cães em Santa Cruz do Arari - PA, a denúncia é de que o prefeito da cidade deu ordens para matar os cães e ainda pagava na época R$ 5,00 por cão morto! Os acusados e testemunhas serão ouvidos na próxima quinta-feira. 
Na sequência serão investigados os casos do Instituto Royal, do abate de jumentos de Apodi - RN, os dromedários de Natal... entre outros! 



fontes: Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos dos Animais
http://www.tribunadabahia.com.br/…/cpi-contra-maus-tratos-d…


Dizy Ayala
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sábado, 1 de agosto de 2015

Cientistas comprovam a consciência dos animais


Cientistas comprovam a consciência dos animais 


Por Dizy Ayala

Pesquisa realizada pelo neurocientista Philip Low, juntamente com o renomado astrofísico, Stephen Hawking, provou além da senciència, capacidade de sentir dor, também, a consciência dos animais.

Primeiramente, o desenvolvimento da pesquisa dos cientistas teve a intenção de ajudar Hawking, 73 anos, a se comunicar com a mente, já que está completamente paralisado, há 40 anos, por causa de uma doença degenerativa.

Os resultados da pesquisa foram revelados em 07 de julho de 2012, em uma conferência em Cambridge. Contudo, o principal objetivo do encontro era outro. Nele, neurocientistas de todo o mundo assinaram um manifesto afirmando que todos os mamíferos, aves e outras criaturas, incluindo polvos, têm consciência. Stephen Hawking estava presente no jantar de assinatura do manifesto como convidado de honra.

Philip Low é pesquisador da Universidade Stanford e do MIT (Massachusetts Institute of Technology), ambos nos Estados Unidos. Low e mais 25 pesquisadores afirmam que as estruturas cerebrais que produzem a consciência em humanos, também existem nos animais.

Descobrimos que as estruturas que nos distinguem de outros animais, como o córtex cerebral, não são responsáveis pela manifestação da consciência. Resumidamente, se o restante do cérebro é responsável pela consciência e essas estruturas são semelhantes entre seres humanos e outros animais, como mamíferos e pássaros, concluímos que esses animais também possuem consciência, afirma Low.

Segundo palavras do neurocientista: “Sabemos que todos os mamíferos, todos os pássaros e muitas outras criaturas, como o polvo, possuem as estruturas nervosas que produzem a consciência. Isso quer dizer que esses animais sofrem. É uma verdade inconveniente: sempre foi fácil afirmar que animais não têm consciência. Agora, temos um grupo de neurocientistas respeitados que estudam o fenômeno da consciência, o comportamento dos animais, a rede neural, a anatomia e a genética do cérebro.“


Estruturas do cérebro responsáveis pela produção da consciência são análogas em humanos e outros animais, dizem neurocientistas.
“Sabemos que há tipos diferentes de consciência. Podemos dizer, contudo, que a habilidade de sentir dor e prazer em mamíferos e seres humanos é muito semelhante.”

“Quando um cachorro está com medo, sentindo dor, ou feliz em ver seu dono, são ativadas em seu cérebro estruturas semelhantes às que são ativadas em humanos quando demonstramos medo, dor e prazer. Um comportamento muito importante é o auto-reconhecimento no espelho. Dentre os animais que conseguem fazer isso, além dos seres humanos, estão os golfinhos, chimpanzés, bonobos, cães e uma espécie de pássaro chamada pica-pica.”




Philip Low e os demais cientistas sentiram a necessidade de revelar o resultado de seus estudos, não porque a ciência determina o que a sociedade deve fazer, mas para tornar público o que enxergaram.

“A sociedade agora terá uma discussão sobre o que está acontecendo e poderá decidir formular novas leis, realizar mais pesquisas para entender a consciência dos animais ou protegê-los de alguma forma. Nosso papel é reportar os dados.”

A pesquisa revela dados perturbadores, porém muito importantes para que a sociedade se recicle quanto ao uso de animais em pesquisas e outros fins.


O mundo gasta 20 bilhões de dólares por ano 
matando 100 milhões de vertebrados em pesquisas médicas e a probabilidade de um remédio advindo desses estudos ser testado em humanos (apenas teste, pode ser que nem funcione) é de 6%.




É uma péssima contabilidade. Um primeiro passo é desenvolver abordagens não invasivas. Não acho ser necessário tirar vidas para estudar a vida. Penso que precisamos apelar para nossa própria engenhosidade e desenvolver melhores tecnologias para respeitar a vida dos animais. Temos que colocar a tecnologia em uma posição em que ela sirva aos nossos ideais, em vez de competir com eles, declara Low.



As conclusões do manifesto tiveram impacto sobre o comportamento do próprio pesquisador quando ele declara: "Acho que vou virar vegan. É impossível não se sensibilizar com essa nova percepção sobre os animais, em especial sobre sua experiência do sofrimento. Será difícil, adoro queijo". Nem mesmo isso será mais problema para Low, tendo em vista a variedade crescente de queijos veganos no mercado! 



O filósofo inglês Jeremy Bentham, em 1789, no cap. XVII de seu livro 
Uma Introdução aos Princípios da Moral e da Legislação, descreveu:

“(...) Que outro fator poderia demarcar a linha divisória que distingue os homens de outros animais? Seria a faculdade de raciocinar, ou talvez a de falar? (...) O problema não consiste em saber se os animais podem raciocinar; tampouco interessa se falam ou não; o verdadeiro problema é: podem eles sofrer?” 

Isso levanta uma série de questões do ponto de vista ético. "Não podemos mais dizer que não sabíamos!" - declara Philip Low e também declaramos nós. A experimentação animal, além de cruel, é arcaica, custosa e pobre para a ciência.

No Brasil, já somos dois terços da população brasileira, que desaprova os testes em animais segundo dados da Human Society International.

Nós, como mercado consumidor, não queremos pagar o preço do sacrifício de inocentes, onde 92% de pesquisas feitas em animais não são compatíveis com o modelo humano. Animais humanos e não humanos compartilham boa parte do DNA, porém a fisiologia e o metabolismo variam muito para cada espécie.

Com o crescente avanço da ciência e tecnologia, os métodos substitutivos estão aí, à disposição dos cientistas, laboratórios, universidades, muitos deles produzidos aqui mesmo no Brasil.

Significa substituir testes "in vivo" por "in vitro", com uso de células tronco e tecidos produzidos em laboratório.

O uso de simuladores e protótipos robôs substitui, por exemplo, as cruéis aulas de vivissecção, que significa cortar um animal vivo, para ensino-aprendizagem no conhecimento de órgãos internos e procedimentos cirúrgicos.

Através de softwares é possível validar reações químicas diversas, conforme pesquisa do trio de Nobéis de Química do ano de 2013: Martin Karplus, Michael Levitt e Arieh Warshel.  

Trata-se de um recurso valioso tanto para a pesquisa científica, na produção de produtos de uso pessoal e medicamentos, como para aulas em universidades. 

Talvez as últimas substituições não serão in vitro, mas "in silico": a indústria farmacêutica começa a usar modelos computadorizados de interação dos sistemas orgânicos para estudar os efeitos de drogas.

Esse é o papel de cada um de nós em fazermos o consumo consciente optando por estas marcas que já se comprometem com essa exigência.


A opinião pública se importa e reivindica esse direito soberano de saber sobre procedência e composição do produto que está adquirindo. Os dois terços da população brasileira que é contra os testes em animais, já se dedica a fazer uso de marcas Cruelty-Free.

Sempre que a informação chega às pessoas ela é muito bem acolhida porque elas não querem fazer uso de produtos presentes no dia a dia, como sabonete, xampu, creme dental, cientes de que animais são torturados e mortos para certificar esses produtos. Que se amplie o debate e principalmente as ações que promovam a libertação animal de todo cárcere e sacrifício.



Por fim... Queremos uma ciência que promova a vida, a ética e o respeito com outras espécies, de forma que a nossa própria seja mais humana com o avanço na cura com uma ciência sem tortura!



Segue o link com a lista de produtos não testados e sem nenhum ingrediente de origem animal (veganos)


http://acaopelosdireitosdosanimais.blogspot.com.br/2016/04/lista-de-produtos-nao-testados-em.html

http://super.abril.com.br/ciencia/animais-tem-consciencia-trate-os-como-iguais

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