sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Pelo fim dos zoológicos e aquários no mundo



 Pelo fim dos zoológicos e aquários no mundo

Por Dizy Ayala 
Todos os anos, animais são capturados, retirados de seu habitat natural e de seu grupo familiar. Muitas vezes bebês são separados de suas mães, para viver uma vida de clausura e privação.
Há uma intensa discussão quanto à importância dos zoológicos e aquários como unidades de preservação, entretanto, por própria definição, essas instituições existem com fins lucrativos e para tanto, precisam do valor dos ingressos de visitantes para se manter em funcionamento. Uma vez que os animais estão confinados em lugares estreitos e expostos à visitação já são vítimas de abuso. Estão sendo violados seus direitos à liberdade e privacidade. Em consequência disso, os animais ficam sujeitos a uma série de complicações para sua saúde física e mental. Um exemplo disso são as baleias do Sea World, que já nasciam com deformação na barbatana por conta do confinamento.

R.I.P. Tilikum
A maior orca em cativeiro do mundo faleceu no Sea World, em Orlando, na última sexta-feira, 06 de janeiro, 2017, devido á uma infecção nos pulmões. Havia causado a morte de três treinadores, por conta do estresse do confinamento. Como exposto no documentário Blackfish, disponível no Netflix, a verdadeira razão da violência das chamadas baleias assassinas é revelada. Tilikum foi capturada ainda filhote e viveu 33 anos, presa na mesma área restrita, sob as vitrines envidraçadas do aquário.

https://www.facebook.com/PlayGroundBR/videos/313015729093412/?pnref=story
Do ponto de vista da preservação de espécies ameaçadas, também há controvérsias. Tendo em vista que animais em cativeiro têm dificuldade em se reproduzir, alguns indivíduos animais são expostos a sucessivas tentativas de reprodução por parte dos veterinários e biólogos, estressando a até mesmo adoecendo algumas dessas possíveis matrizes.
Retirar indivíduos de espécies ameaçadas de seu habitat natural sob o pretexto de protegê-los também prejudica os animais que permanecem na natureza, pois a diversidade genética diminui, comprometendo ainda mais a espécie.
Não há como argumentar que pelo cuidado com a alimentação, estejam sendo atendidos todos os requisitos quanto ao bem-estar animal, uma vez que estão sendo privados de exercer suas funções habituais como percorrer maiores espaços, refugiar-se e socializar.
Aliás, socializar é função primordial para manter o equilíbrio e boa saúde dos animais.
Muitas espécies vivem em grupos e muitas vezes esses grupos familiares não são respeitados quando frequentemente zoológicos ou aquários vendem ou enviam membros da família, em separado, para outras instituições, acabando por comprometer as relações familiares. É o que acontece, por exemplo, com muitos filhotes, que atraem visitantes e a atenção da mídia e, portanto, mais dinheiro. Entretanto, quando o animal cresce, ele pode ser vendido para outras unidades, circos ou até mesmo podem ser sacrificados.
Marius tornou-se um ícone no apelo pelo fim dos zoológicos.
Foi sacrificado em exibição pública em um zoo da Dinamarca, em 2014, na presença de crianças, apenas por não contar material genético  importante para  pesquisa, segundo biólogos da instituição.

Outro argumento que não se sustenta é o de cunho educativo. Zoológicos e aquários não cumprem essa função, muito antes pelo contrário, quando crianças são levadas a esses locais, elas se deparam com o sofrimento animal e acabam por acreditar que isso é normal e aceitável. Os pequenos devem ser estimulados a respeitar a vida em suas variadas formas e entender que espécies selvagens têm seu lugar na natureza e não no confinamento.

É certo que muitos animais são vitimados por acidentes, pelo tráfico ou por situação de maus-tratos e por isso não poderão mais ser inseridos em seu habitat natural e para acolhê-los é que se fazem necessários espaços que se aproximem ao máximo do ambiente natural desses animais, como nos santuários.
Os santuários são formados com a finalidade de acolher exatamente esse perfil de animais vitimados, jamais animais que sejam retirados da natureza para serem exibidos para fins comerciais. Eles cumprem com a missão de amparar e preservar!

No Brasil, dentre tantos abrigos heroicamente mantidos por recursos próprios, doações e trabalho de voluntários junto aos profissionais, dedicamos especial destaque ao primoroso trabalho do Rancho dos Gnomos, que desde 1991 vem acolhendo inúmeros animais da fauna silvestre, animais vitimados pelos maus-tratos em circos, com uma reserva para felinos de grande porte e também animais de fazenda.





Dizy Ayala


Blogueira, Revisora, Escritora, Vegana.
Formanda em Publicidade e Propaganda -  
Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos
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Ação pelos Direitos dos Animais  
dizyayala@gmail.com






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