sexta-feira, 26 de junho de 2015

Ler rótulos é questão de saúde pública


Ler rótulos é questão de saúde pública

Por Dizy Ayala
26 de junho de 2015

Cada vez mais a população tem se importado e manifestado seu direito à informação.

Trata-se de direito do consumidor e dever do produtor! As empresas estão sendo requeridas e devem prestar contas da composição dos seus produtos, sobretudo no que diz respeito aos alimentos.

Com uma crescente diversificação na engenharia de alimentos, hoje há muitos componentes aditivados aos ingredientes, muitos deles com potencial tóxico ou passível de reações alérgicas.

É fundamental ler os rótulos, estar atento às descrições e pesquisar, tendo em vista que muitas vezes é difícil compreender as especificações e a própria leitura de letras miúdas.

Seja por opção ou restrição alimentar, por alergia ou intolerância, as pessoas precisam ter o que se chama: segurança alimentar. Assegurar-se que o alimento é mesmo fonte de nutrição e não intoxicação! Especialmente no que diz respeito às crianças, gestantes e idosos.

Por meio de uma recente consulta pública, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pretende definir mudanças em rótulos de alimentos com substâncias que podem causar alergia.

A proposta é colocar em evidencia os ingredientes alergênicos, como cereais com glúten, crustáceos, ovo, peixe e amendoim; o leite, a soja, castanhas em geral, nozes e os sulfitos (presentes no vinho).

A ideia surgiu depois de ser criada a campanha #Poenorotulo, que já tem 63 mil curtidas no Facebook, em fevereiro, por um grupo de 700 mães que têm filhos com alergia alimentar. O objetivo, segundo o perfil da comunidade da rede social, é alertar os consumidores sobre o risco que a falta de informação no rótulo pode trazer às pessoas com alergia alimentar.

Ingredientes como o leite estão presentes em boa parte dos produtos, desde a margarina até os biscoitos “água e sal”. 

A Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia estima que 8% das crianças no Brasil são alérgicas. Dependendo do grau, a pessoa pode ter choque anafilático, com fechamento da glote, e outras reações, que podem levar até a morte.

É de interesse público estar ciente do conteúdo dos alimentos para fazer valer os direitos do consumidor nas suas escolhas de consumo, seja por motivo de saúde e também pela opção de regime alimentar diferenciado.

Há que se considerar que há um parcela significativa da população brasileira, em torno de 10%, com dieta vegetariana ou vegana.

E nesse sentido há um empenho do consumidor por se informar acerca de muitos alimentos que tem aditivados ingrediente de origem animal, como corantes cochonilla (cascudos torrados) em salgadinhos e biscoitos, ácido láteo em chimias, gordura animal e ovos, entre outros.
O Código de Defesa do Consumidor (CDC) assegura o direito básico à informação adequada e clara com relação à composição do produto, além da quantidade, das características e dos riscos que apresentam. A obrigatoriedade de informação em embalagens está regulamentada na Lei 10.674, de 2003, que trata, por exemplo, do glúten. Pelo texto, o rótulo deve informar se no alimento contém ou não a substância, para segurança alimentar de pessoas portadoras de doença celíaca.
Em países europeus, essa rotulagem já é vigente desde 2003 e nos Estados Unidos desde 2006.
Art. 6º – São direitos básicos do consumidor:

I – a proteção da vida, saúde e
segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;

II – a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a
liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;

III –
a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; (Redação dada pela Lei 12.741, de 2012)

IV –
a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;

V – a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;

VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos.

*A consulta pública está disponível no site da Anvisa e as sugestões deverão ser enviadas eletronicamente por meio do preenchimento de um formulário específico. O prazo para o envio dos comentários é de 60 dias. Alimentos que contenham qualquer quantidade das substâncias deverão mostrar o aviso nos rótulos. Depois da decisão final da agência, as indústrias terão o prazo de 12 meses para se adequarem às novas regras.

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Defensora e Ativista dos Direitos dos Animais,
Acadêmica em Publicidade e Propaganda
Blogueira, Vegana.
Ação pelos Direitos dos Animais  no facebook

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Dizy Ayala
Ação pelos Direitos dos Animais


segunda-feira, 22 de junho de 2015

Orgânicos, Bee or not be?



Orgânicos, Bee or not be?

Por Dizy Ayala


Um terço dos alimentos consumidos diariamente pelos brasileiros está contaminado por pesticidas.

Os neonicotinoides representam uma classe relativamente nova de inseticidas e que resguardam grande semelhança química à nicotina. O primeiro e principal neonicotinóide do mundo, o imidaclopride, foi introduzindo em meados da década de 90 pela multinacional alemã Bayer. Alem de apresentarem grande potencial de contaminação ambiental, preocupante é a altíssima toxicidade que os neonicotinóides apresentam às abelhas. Para piorar esse cenário, os neonicotinóides são atualmente a classe de inseticidas mais usada no mundo. Milhões de litros são despejados nas lavouras todos os anos. 

A mortandade de abelhas foi identificado inicialmente nos Estados Unidos em fins de 2006, quando apicultores relataram perdas de 30% a 90% de suas colmeias.

Lionel Gonçalves, professor da USP, criou o movimento “bee or not to be” para alertar as autoridades e o público em geral sobre o problema. “Uma previsão catastrófica de Einstein falava que, se um dia, as abelhas desaparecessem da natureza, os homens desapareceriam em seguida”, revelou.



O uso de inseticidas e agrotóxicos é prejudicial sob todos os aspectos.

Mata insetos como a abelha, fundamental para sustentabilidade de todo ecossistema, uma vez que são as principais polinizadoras em bosques e florestas.

Mata aves como: cardeais, anus e sabiás e também pequenos mamíferos. Dentre eles: coelhos, tatus e pequenos roedores.

Levantamentos mais recentes informam que até mesmo animais selvagens como raposas, pumas e até antílopes (no hemisfério norte) tem morrido intoxicados pelo veneno contido em plantas e nas suas presas.

Há intoxicação do ar, do solo, de córregos e rios próximos às lavouras.

Sabidamente, o próprio agricultor é vítima de doenças respiratórias, por inalação, e de pele, pelo contato das mãos e pés com o solo envenenado.

Também o consumidor está exposto à doenças, pois o alimento está com veneno quando chega ao mercado.

É primordial o incentivo e compromisso com culturas livres de químicos. As produções orgânicas têm recursos naturais para o controle de pragas que preservam o meio-ambiente, a fauna, a saúde do produtor e do consumidor.

É compromisso também do consumidor importar-se com a procedência dos produtos que consome para assegurar a própria saúde e também incentivar uma produção ecológica.

O consumo de alimentos orgânicos, ou seja, sem agrotóxicos, estimula os pequenos produtores a seguir em frente. Produtores comprometidos com a agroecologia. Esses bravos heróis da resistência, que resistem às grandes corporações e sua visão de lucro a qualquer preço, à custa da saúde das pessoas e a degradação do meio ambiente!
Uma vez que o consumidor opta por esses produtos, do seu produtor local, ele fortalece uma importante cadeia produtiva.









Prefira os pequenos produtores e os produtos orgânicos, assim você assegura sua saúde e poupa a natureza. Por mais respeito ao planeta e à todas as espécies que dividem seu lar conosco.


Em Porto Alegre, já há quatro feiras orgânicas:

Na Av. Loureiro da Silva, nº 515 às quartas-feiras, pela manhã
Na Av. José Bonifácio, 675 – Bonfim aos sábados e domingos, das 7h às 13h
Na Avenida Getúlio Vargas, 1.384, aos sábados, das 7h30 às 13h
Na Rua José Bonifácio, 1ª quadra às quartas-feiras, das 14h às 19h









Acesse o link para demais cidades em todo o país

Os preços são ainda um pouco mais elevados que os convencionais, porém no que diz respeito à saúde convém fazer as contas, se seu alimento é fonte de saúde, por certo não irá gastar com remédios na farmácia! Vale a pena o investimento!

E quanto mais gente consumir, a tendência é baratear. A crescente procura por alimentos saudáveis e com certificação de procedência tem se refletido também nas prateleiras dos supermercados. Há mais verduras e frutas com o selo orgânico. 




Fique atento também aos grãos! 
Na impossibilidade de comprar grãos, como o arroz e feijão, com certificação de produto orgânico, vale uma dica preciosa! No cozimento dos alimentos, adicione uma pitada de cúrcuma, tempero de cor natural amarela, com propriedades que retiram a ação de metais pesados em alimentos cultivados com pesticidas. 














Dê preferência ao café e açúcar orgânicos. 
Esses produtos, bem como a erva-mate, 
costumam ter índices elevados de químicos. 



A adesão de produtores brasileiros aos orgânicos cresceu cerca de 51,7% entre janeiro de 2014 e janeiro de 2016. Além de alimentos mais saudáveis, os orgânicos promovem a conservação e a recomposição dos ecossistemas.

Por região, o Nordeste é o que mais possui unidades de produção, seguido do Sul e Sudeste. A área total de produção orgânica no Brasil já chega a quase 750 mil hectares. 

O quanto é possível colaborar com uma economia mais ecológica e compassiva para pessoas, meio ambiente e animais? A escolha é sua!







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Acadêmica em Publicidade e Propaganda
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Dizy Ayala
Ação pelos Direitos dos Animais


quinta-feira, 11 de junho de 2015

Aprenda 12 Receitas de Leite Vegetal




Por Dizy Ayala

Os leites vegetais são bebidas feitas a partir de grãos, sementes, cereais, que substituem os leites de origem animal. São altamente nutritivos e saudáveis e uma ótima opção para todos, veganos, atletas, crianças, adultos e para quem possui intolerância à lactose. 
Existem versões cruas (germinadas) e  cozidas, e a escolha vai de acordo com o gosto pessoal e disponibilidade. Aprenda a prepará-los:


Leite de castanha, assim como todas as outras amêndoas, basta um punhadinho, em torno de seis, em um litro de água e bater no liquidificador. Depois é só coar. A cor e textura assemelham-se muito ao leite tradicional. E o gosto, fica a seu critério, com a adição de frutas, achocolatado ou essência.

Em mercados populares, de venda à granel, os chamados Mercados Públicos, presentes em várias cidades brasileiras, há bancas especializadas com grande variedade e preços bem em conta. Um pacotinho de castanhas, custa em média R$ 8,00 e dá para 4 a 6 litros de leite.

Seu valor biológico é grande para fins alimentícios, pois contém em torno de 17% de proteína – cerca de cinco vezes o conteúdo protéico do leite bovino.

Mais opções de Leites vegetais

Leite de arroz com aveia e essência de baunilha!

* 1 xc de arroz integral demolhado (deixado de molho);
* 1 xc de flocos de aveia;
* 1 col de essência de baunilha;
* 1 xc de água quente;
* 6 xc de água "fria".

Preparo:
1. Bater no liquidificador o arroz, a aveia e a água quente;
2. Acrescentar a água fria e bater mais um pouco;
3. Coar;
4. Adicionar a essência.

Está pronto para servir!

Leite de amendoim
Leve 4 copos de água para ferver (se desejar um leite bem encorpado, adicione uma colher de aveia e deixe ferver por 3 minutos).
Bata bem no liquidificador, junto com 1 xícara cheia de amendoins torrados e sem sal. Coe.

Leite de gergelim
Coloque 1/2 xícara de gergelim cru de molho em um copo de água de 40 min a 1 hora. Descarte a água do molho, adicione 2 copos de água e bata bem no liquidificador. Coe.

Leite de aveia
Coloque uma xícara de aveia em pó e duas xícaras de água, e bata no liquidificador. Se preferir, coe. Este leite também serve para substituir creme de leite em receitas que vão ao forno, basta acrescentar uma quantidade maior de aveia para que o leite fique mais cremoso.

Leite de alpiste
Coloque cinco colheres de alpiste em um copo com água. Deixe de molho de um dia para o outro. Escoe a água e  substitua por um litro de água filtrada. Bata no liquidificador e coe.

Leite de coco
Retire a água de um coco seco, e quebre-o. Leve ao forno por alguns minutos, isso irá fazer com que a polpa se desgrude da casca mais facilmente. Retire a polpa e bata no liquidificador com 900 ml de água. Coe com um pano de algodão. Use a polpa que sobrar no pano para fazer receitas que levem coco ralado.

Leite de girassol
Coloque uma xícara de sementes de girassol sem a casca, de molho de um dia para o outro (8 horas). Lave-os com água corrente e bata-os em liquidificador com 4 copos de água filtrada. Coar é opcional.

Leite de inhame
Descasque 1 inhame  japonês pequeno e bata no liquidificador com uma xícara de água. Coe em pano de algodão.

Leite de soja
Meça uma xícara de grãos de soja.
Para dar um choque térmico e evitar sabor desagradável, deixe os grãos cozinharem em água fervente por 5 minutos, escorra e em seguida lave-os em água fria. Deixe-os de molho em recipiente de vidro ou cerâmica de 4 a 8 horas. Passado esse período, lave-os e bata-os no liquidificador em uma proporção de 5 xícaras de água filtrada para cada  xícara do grão de soja hidratado. Após bem batidos, coe-os com coador de pano.
Esprema bem para retirar todo o líquido. Em uma panela, cozinhe o leite por aproximadamente 25 min em fogo baixo, mexendo de vez em quando e tomando cuidado para que o leite não transborde da panela.
Para saborizar o leite, você pode adicionar  um pouco de baunilha, canela ou cravo. Conserve em geladeira por no máximo 3 dias.

Leite de linhaça
Para preparar 1 copo de leite, meça 2 colheres de sopa de linhaça para cada copo de leite que irá preparar (para crianças, utilize apenas 1 colher de sobremesa para cada copo).
Lave os grãos em uma peneira, cubra-os com água e deixe de molho em um recipiente de vidro ou cerâmica de 2 a 4 horas.  Após este período, bata-os bem no liquidificador com um copo de água filtrada, e coe-os em uma peneira.

Leite de quinoa
Em uma panela, adicione 4 colheres de grãos de quinoa e um litro de água. Espere até que a água ferva e então, descarte-a mantendo apenas os grãos (isso é necessário para retirar uma resina de sabor amargo presente na quinoa); em seguida adicione mais 1 litro de água filtrada e deixe cozinhar por aproximadamente 25 min. Bata-os no liquidificador; coá-los é opcional. Conserve em geladeira.




Laticínios não fazem parte de uma alimentação saudável afirma estudo da Universidade de Harvard http://acaopelosdireitosdosanimais.blogspot.com.br/2015/06/laticinios-nao-fazem-parte-de-uma.html

Dizy Ayala


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