segunda-feira, 27 de abril de 2015

Diante de tragédias naturais, é possível aflorar a solidariedade humana?




Diante de tragédias naturais, 
é possível aflorar a solidariedade humana?

Por Dizy Ayala



A Terra está em constante movimento e sabemos que tem seus ciclos de desequilíbrio e instabilidade, porém é fato, também, que a exploração constante e desmedida que a era industrial tem feito, vem sacudindo o planeta pelo efeito da interferência humana.

Nunca antes o homem avançou tanto nos limites terrestres, marítimos, no espaço e na queima de resíduos fósseis, como no nosso tempo.

Quantas consequências adversas mais vamos presenciar, diante do solo marinho perfurado e a explosão de bombas em alto-mar, as mineradoras que avançam na degradação de cadeias de montanhas, a própria alteração do clima e o sistema de ventos?

Há quem acredite em vingança da Terra, bem verdade não creio que se vingue!
Senão que o planeta cumpre um papel, dentro da lei de ação e reação, de se reciclar, se renovar!

Há que se considerar a fragilidade de muitas das instalações feitas pelo homem, que desabam diante da prepotência humana de achar que tem controle sobre tudo. Que a natureza e seus recursos estão aí apenas para serem usados sem critério e cuidado.

Maior sofrimento para os países mais pobres, onde há menos investimentos.
São muitas vidas ceifadas e expostas à total falta de recursos, senão pelas ajudas humanitárias que começam a chegar! É um paradoxo que mesmo dominando tantos recursos tecnológicos, ainda sejamos surpreendidos por esses eventos e tantas pessoas fiquem expostas à falta de assistência!

Vemos notícias do quanto rios e oceanos são vias de esgoto e dejetos sem nenhum tipo de tratamento. O quanto há projetos ecológicos que não são viabilizados pelas políticas públicas. E o quanto como cidadãos colaboramos com tudo isso? É possível que cada embalagem pet que promete “abrir a felicidade” tenha o destino da reciclagem? Você já se perguntou quão mais eficiente que a intenção de reciclar, é evitar tanta produção de lixo!

A reciclagem é bem-vinda não só para os resíduos, mas para nossos comportamentos e atitudes. Quantos de nós estão dispostos a contribuir para um novo tempo possível de ressurgir dos escombros?

Fazer um consumo consciente, onde se desvia o modo de produção exploratório para uma cadeia produtiva, com produção ecológica, que respeita a natureza, lar de todos os seres que coabitam conosco em igualdade de direitos.

O planeta não é só dos humanos e a Terra, como organismo vivo, também sente os efeitos nefastos de um consumo desenfreado e predatório!

Quantas perdas animais fatais nas catástrofes, mas também no cotidiano, vitimadas pela poluição, perda de território natural pelo avanço do “progresso” humano, sacrifício em cultos religiosos e a exploração para o consumo.

Quantos de nós estão dispostos a rever seus hábitos?

Diante de nossa finitude e o abalar do chão sob os nossos pés, 
importante refletir, reconhecer e respeitar a vida, nas suas variadas formas!
Estamos todos de passagem! Deixemos registros de amor e paz por onde passarmos! 









Defensora e Ativista dos Direitos dos Animais,
Acadêmica em Publicidade e Propaganda
Blogueira, Vegana.
Ação pelos Direitos dos Animais  no facebook

http://acaopelosdireitosdosanimais.blogspot.com.br/



Dizy Ayala
Ação pelos Direitos dos Animais

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Quando a compaixão evolui a tradição


Quando a compaixão evolui a tradição

Por Dizy Ayala


A humanidade tem afirmado sua trajetória sempre pautada por suas crenças, costumes, hábitos e tradições. São esses valores que trazem a identificação de povos, culturas e permitem deixar registros para novas gerações.

Quando se cultivam as tradições tem-se a sensação de honrar os antepassados e a própria história escrita até os dias atuais.

Há que se considerar, entretanto, que além de cultivar raízes, a possibilidade de avançar novas fronteiras no conhecimento, nos permite ver, considerar e ampliar novos horizontes.

Muito se fez no campo da ciência e novas tecnologias. O mundo de hoje é muito diferente de algumas décadas atrás, inclusive no que diz respeito à relação entre as pessoas.

Vivemos tempos de uma acelerada mudança em muitos conceitos, preconceitos, dinâmicas e paradigmas. E a vida nos mostra que nada é fixo, tudo é movimento.

O ser humano tem sido convocado a repensar sua relação com o planeta, sua saúde, seu próprio estilo de vida e os impactos de suas ações diárias para o futuro da humanidade.

É fato que mesmo diante de todo aparato tecnológico, senão for possível evoluir em consciência, estamos fadados a mergulhar na crise de nossa própria existência.

É preciso considerar sagrados os recursos naturais, que sem eles não sobrevivemos e dignificar as relações entre os seres, sejam eles humanos ou não humanos.

Sim, o homem tem se afirmado de maneira antropocêntrica, como se tudo e todos estivessem apenas ao seu dispor, quando na verdade somos hóspedes breves na existência da vida.
Quantos povos, civilizações corrompidos pela ganância, prepotência e maldade.

Muitos têm despertado para o real sentido da evolução, onde não se esgotam os recursos e sim se faz uso do que gentilmente a natureza nos oferece pela energia solar, das águas, solo e ar. As energias limpas que se movem pelo movimento dos oceanos, pela força dos ventos, pela metamorfose do lixo que costuma ser depositado no solo e muito mais.

Nossa fonte de alimento, também fruto da terra, precisa ser preservada pelo cultivo sem agrotóxicos ou bizarras engenharias genéticas, mutando gens de vegetais com animais.

E por fim e não menos importante, nossa relação com as outras espécies. É cruel como a humanidade tem usurpado o direito à vida animal, grupo a que nossa própria espécie pertence para tirar proveito desde motivos, fúteis, banais, crendices até a ideia de que é preciso alimentar-se do corpo de animais mortos.

Desde a ciência até cultos religiosos, há quem acredite ser preciso torturar e sacrificar animais. Com o possível uso de simuladores e protótipos robôs, colônias de células, nenhum animal precisa ser testado.

Para cultos religiosos, se o caráter é simbólico, ele pode e deve ser figurativo.
Revisitando o passado, humanos sacrificavam humanos para adorar os deuses. Se a civilização evoluiu e se abstêm dessa ritualística nos tempos modernos, o que justifica, nos dias de hoje, oferendas com animais.

Mesmo no que diz respeito à alimentação, se em alguma era do gelo, o ser humano, pelos registros históricos, vegetariano, teve de se adaptar ao consumo de animais para sobreviver, isso já foi há muito tempo atrás! Não vivemos mais em cavernas! Vestir peles? Animais serem esfolados vivos com tantas fibras vegetais e sintéticas ao dispor? A fartura de alimentos vegetais nos seus inúmeros preparos nos dão a chance de retornar ao plano original, uma alimentação saudável, que poupa o meio ambiente e a vida de outros seres animais, que sentem e sofrem como nós!

Quando se questiona essas práticas, mais do que contrariar costumes e tradições, se está propondo algo novo!


Um olhar compassivo e positivo! Uma vida livre de crueldade, que dignifica o homem e o retira do ciclo da violência!





Defensora e Ativista dos Direitos dos Animais,
Acadêmica em Publicidade e Propaganda
Blogueira, Vegana.
Ação pelos Direitos dos Animais  no facebook

http://acaopelosdireitosdosanimais.blogspot.com.br/



Dizy Ayala
Ação pelos Direitos dos Animais

quarta-feira, 1 de abril de 2015

A dor da menina por seu animal de estimação



A dor da menina por seu animal de estimação




Por Dizy Ayala 

"A criança chamava o cachorro de Flor e ficou em estado de choque ao encontrar o animal morto. Segundo o Daily Mail, países como China, Vietnã e Coreia do Sul ainda tem a cultura de consumir carne de cachorro. Em algumas cidades como Hanoi, por exemplo, chegam aos matadouros mais de sete toneladas de cães vivos todos os dias".


http://noticias.terra.com.br/mundo/asia/menina-de-5-anos-chora-ao-achar-seu-cao-assado-em-mercado,7f757f195ea6c410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html


Também um dia, aos cinco anos de idade, eu chorei diante das patas e cabeça decepadas de meu bichinho!

Havia passado o domingo fora e quando voltei para casa, acompanhada de minha avó, na segunda-feira, bem cedo pela manhã, me deparei com a cena.

Na infância, assim como muitas outras crianças, ganhei um filhotinho de minha mãe, como amiguinho de estimação!
O meu era penoso, bem amarelinho e piscava os olhinhos quando acarinhado com a ponta dos meus também pequeninos dedos. Cabia na palma da mão! Prometia ser um galo e recebeu o nome de Arisco! Era o nome de um tempero bastante difundido na época e eu já estava familiarizada com o nome no rótulo, nos primeiros momentos da alfabetização.
O tempo passou e o pintinho não virou galo, virou galinha! Já não cabia na mão, mas cabia nos braços! 

A primeira coisa que fazia todas as manhãs era correr para o pátio abraçá-la. Ao que a Arisca respondia com um discreto cacarejo. A ave passava o dia a ciscar o chão, ao que eu acompanhava atentamente pois revelava do solo, vários bichinhos interessantes, como minhocas e insetos. Era muito revelador descobrir elementos da natureza pelos olhos de minha amiguinha.
Também aprendi que com seu ciscar e excrementos, ela fertilizava o solo, onde minha avó cultivava muitas plantas, dentre chás, temperos e flores. Tempos depois, passou a me surpreender com seus ovos. Um por dia! Animal dócil acordava e dormia cedo, hábito que eu também tinha na ânsia de aproveitar bem o dia! E assim foi por meses.

Naquele dia fatídico, nos aproximamos do portão e eu já estranhei o silêncio, nem mesmo cheguei até ele, quando vi as patas e cabeça decepadas, jogadas no chão. Foi no pátio do vizinho que dava acesso ao nosso. Parei, olhei de novo, não precisou dizer nada. Minha avó ainda exclamou, em voz baixa: "Nem esconderam, deixaram aí mesmo pra gente ver." Juntei os restos mortais, ainda corri para olhar dentro do nosso quintal e nada! Haviam mesmo matado minha galinha! 
Na inocência de criança ainda perguntei, por que fizeram isso? "Mataram pra comer", foi a resposta.




Depois desse dia, eu passei a questionar o consumo de animais, repetidas vezes.
É certo que há muitas justificativas culturais para isso. Nenhuma delas válida pra mim.
O reino animal, grupo ao qual também pertencem os humanos é bastante diversificado em suas formas. O que é comum a todos é a capacidade de sentir (dor, satisfação) e a empatia (sentir a dor do outro). É possível sim estabelecer estima com qualquer animal, seja ele cachorro ou galinha! É uma questão cultural! Há uma especificação quanto a quais são animais de estimação e quais são os próprios para consumo, apenas por uma convenção que muda de acordo com o lugar do mundo! Verdade seja dita, animais não são comida. Temos tudo que precisamos como nutrientes dos alimentos vindos da terra. Plantas, grãos e vegetais são organismos vivos que diferem completamente dos seres vivos pois não possuem órgãos, nem cérebro, portanto sem sistema nervoso, não sentem, nem sofrem. 

Antes os chineses trocassem os repolhos por cachorros de estimação. O mundo industrial e extremamente consumista, tem desumanizado as pessoas. Ao que muitos acharam engraçado, vários jovens chineses passeando com repolhos trata-se de um sinal brutal dessa desumanização. Um dia estes jovens também foram crianças e a eles foi dado animais eletrônicos, tamagoshi, enquanto os cães reais seguiam para o abate.

Diariamente, porcos, galinhas, bois, cordeiros e coelhos, considerados mercadoria são transportados para a morte. Somos condicionados a acreditar que tem que ser assim porque sempre foi assim e sempre será. Será? Um dia você também foi criança e com certeza estabeleceu empatia, em algum momento, com algum animal e se importou. E depois, por influência do mundo adulto e do aculturamento é que passamos a repetir sem questionar.

A verdade é que há sim uma escolha! Experimente! Go vegan!




leia também
http://acaopelosdireitosdosanimais.blogspot.com.br/2014/10/a-licao-que-nos-ensina-crianca-e.html






Defensora e Ativista dos Direitos dos Animais,
Formanda em Publicidade e Propaganda
Grupo Ação pelos Direitos dos Animais  no facebook
Blogueira, Vegana.



Dizy Ayala
Ação pelos Direitos dos Animais